domingo, 28 de setembro de 2014

Receita: Biscoito de aveia

BOA NOITE!!!

Oi pessoal, como estão?

Ansiosos para saber o tema da semana?

Hoje iremos abordar um pouco a respeito da AVEIA!

Presente em nossa dieta há muito tempo, a aveia possui inúmeros benefícios à saúde. Mas vocês conhecem um pouco a respeito da história da aveia como alimento?

Proveniente da Ásia, a aveia é um cereal de origem e evolução incertas. Aparentemente, começou a ser utilizada na alimentação humana mais tardiamente do que o trigo. Inicialmente, só era usada para fins medicinais.

Seu cultivo provavelmente começou no início da Era Cristã. Há dois mil anos, era cultivada pelos povos celtas e saxônicos, que levaram o cereal para o Leste e Norte europeu, onde se aclimatou bem. Tornou-se um alimento importante para eslavos, escandinavos, britânicos e germânicos.

A partir dos anos 1970, com a divulgação de suas virtudes nutricionais, a aveia foi popularizada como alimento saudável. Por ser rica em fibras solúveis, contribui para o trânsito intestinal, pode ajudar na prevenção de câncer de cólon e na prevenção de doenças cardiovasculares.


Em relação as propriedades funcionais, temos que a aveia é rica em ferro, essencial para o transporte de oxigênio e formação de glóbulos vermelhos no sangue; em magnésio, que contribui para o bom funcionamento do sistema imunológico e para o desenvolvimento dos ossos e dentes; em manganês, um mineral que atua junto com diversas enzimas para facilitar os processos metabólicos e tem ação antioxidante; em fósforo, que tem papel fundamental na saúde de ossos e dentes e auxilia a regeneração de tecidos; e em zinco, também fundamental para o sistema de defesas do organismo e para a fabricação do material genético.
O cereal é também fonte de vitaminas B1 e B5. Entre outras funções, as vitaminas do complexo B garantem a produção de energia pelo organismo e o bom funcionamento do sistema nervoso e hormonal. 

Outra importante curiosidade é o papel da aveia no controle do PESO CORPORAL, consequentemente se tornando um importante instrumento na reeducação alimentar de pacientes com obesidade e sobrepeso por nutricionistas.

Assim, temos que os benefícios dos cereais integrais para o controle de peso corporal já foi assunto de alguns estudos internacionais, que demonstraram que o consumo de dietas ricas em fibras solúveis, como a aveia, aumenta a viscosidade do bolo alimentar, elevam o tempo de digestão e promovem maior poder de saciedade (por aumentar o volume alimentar no estômago), podendo ser uma ferramenta útil no momento de manejar a dieta para controle de peso. Recentemente, alguns estudos realizados no  Brasil trouxeram dados preliminares que demonstraram que mulheres em dieta para redução de peso que incluem aveia em seu cardápio perdem em média 60% mais peso do que aquelas que não incluíram essa importante fibra em seu cardápio.

E aí? Gostaram de saber um pouquinho a respeito da aveia? Então comentem!!

Para finalizar, vamos começar a semana com uma receita muito gostosa:

Biscoito de aveia

Ingredientes

2 xícaras (chá) de aveia em flocos
1 xícara (chá) de farinha de trigo
½ xícara (chá) de chocolate em pó
6 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de óleo
½ xícara (chá) de água
1 ovo

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes e mexa até formar uma massa homogênea. Modele com a colher e leve para assar em forma untada e enfarinhada, em forno médio por aproximadamente 10 minutos.

Dica: utilize aveia em flocos, farelo ou lâmina.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AGUIAR, Débora. Estudo da USP mostra que aveia auxilia no controle de peso em indivíduos com sobrepeso e obesidade. Revista Vigor. 2010. Disponível em: <http://www.revistavigor.com.br/2010/05/02/estudo-da-usp-mostra-que-aveia-auxilia-no-controle-de-peso-em-individuos-com-sobrepeso-e-obesidade/> Acesso em: 28 set 2014.

ALIMENTE-SE bem com R$ 1,00: 300 receitas econômicas e nutritivas. Petit-four de aveia. SESI, 8ª ed., p. 44, ago 2004.

NESTLÉ. Aveia. Enciclopédia de Nutrição. Disponível em: <https://www.nestle.com.br/Site/cozinha/enciclopedia/ingredientes/aveia.aspx> Acesso em: 28 set 2014.


domingo, 21 de setembro de 2014

Desnutrição

Olá leitores!

Como já discutimos em posts anteriores, a obesidade é um problema que tem atingido cada vez mais a população. Nessa semana, decidimos fazer um post mostrando o outro lado dos problemas nutricionais, falando um pouco sobre a desnutrição. Vamos conferir?


A desnutrição ocorre quando há uma depleção das reservas nutricionais geralmente associada a ingestão de nutrientes insuficiente para atender as necessidades metabólicas corporais diárias. Além da ingestão insuficiente, a desnutrição também pode ocorrer em decorrência de prejuízos na digestão ou absorção de nutrientes, processamento metabólico disfuncional ou do aumento da excreção de nutrientes essenciais.

Existem dois tipos diferentes de desnutrição: o marasmo e o kwashiorkor.

MARASMO
È uma forma de desnutrição caracterizada pela perda do tecido muscular e subcutâneo, resultante de um desequilíbrio entre a ingestão e a necessidade do organismo. São manifestações clínicas do marasmo: baixa estatura, pouco peso, perda do tecido muscular, perda de tecido subcutâneo, cabelo escasso e quebradiço, irritação e apatia.

KWASHIORKOR
É uma forma de desnutrição menos comum que ocorre principalmente em crianças que são desmamadas precocemente e passam a receber uma alimentação a base de carboidratos, resultando em deficiência na ingestão de proteínas. As manifestações clínicas incluem cabelos brancos ou avermelhados, pele ressecada, inflamada e despigmentada, apatia, fraqueza, tristeza, e principalmente abdômen distendido.




Apesar de muitas vezes pensarmos que a desnutrição é um problema que não atinge mais a população, devemos sim nos preocupar com ela pois existem muitos casos distribuídos principalmente em regiões mais pobres de diversos países. 

Vivemos um período de transição nutricional onde a desnutrição se tornou menos comum e a obesidade se tornou um problema de saúde pública. Entretanto, não devemos nos esquecer de que ainda existem inúmeros casos, atingindo principalmente crianças em todo o mundo. Nesses casos, a nutrição se faz de extrema importância em ações de promoção da saúde e combate à desnutrição infantil.



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Uma semana cheia de saúde a todos, e nos vemos na semana que vem!

Fontes consultadas:
MAHAN, L. Katheleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause, Alimentos, Nutrição e Dietoterapia 12ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.


domingo, 14 de setembro de 2014

Receita: Abóbora Rústica

Boa noite leitores!


Hoje optamos por mostrar pra vocês uma receita especial para iniciar a semana com água na boca! Curiosos?

Mas primeiro vamos falar a respeito do principal ingrediente da nossa receita: a abóbora.

Aqui no estado de São Paulo conhecemos a abóbora como abóbora haha, mas em outros locais ela também é conhecida por moranga, jerimum... Esse  vegetal que recebe diversos nomes chegou ao Brasil com os portugueses, na época do descobrimento, e, hoje, é cultivada em todo o país. Por aqui, aproveita-se a polpa, as sementes, as folhas e até mesmo o miolo. Muito consumida em todo o mundo, é originária das Américas. No continente, teve grande importância para os índios, que a utilizavam como alimento e por suas propriedades medicinais.


E, aproveitem pois encontramos com mais abrangência a abóbora entre os meses de maio a setembro. Por isso corram para não ficar sem saborear essa receita especial.

No Brasil, é possível encontrar a ABÓBORA SECA (maiores, pesando até 15 kg, e muito usadas no preparo de doces), a BAIANINHA (pequenas, compridas e de casca rajada) e a JAPONESA, ou KABOTIÃ, de casca verde-escura, muito usada no preparo de pratos salgados.
Ao escolher a abóbora, a casca deve ser lisa, sem manchas e sem brilho (as brilhantes indicam que o vegetal foi colhido muito cedo). Observe também o tamanho: abóboras muito grandes tendem a ser menos saborosas.
Se preferir adquirir o vegetal em pedaços, observe se têm aspecto fresco, sem manchas escuras nas bordas.

Devido ao seu alto rendimento, fique atento em relação à melhor maneira de conservar a abóbora, pois lembrem-se que alimentos armazenados de forma incorreta podem representar um risco à sua saúde!  Portanto, a abóbora inteira pode ser mantida  fora da geladeira. Porém ao ser picada, conserva-se por alguns dias na geladeira dentro de saco plástico. Se preferir, os pedaços podem ser congelados crus, pré-cozidos ou em forma de purê.

Em relação aos seus nutrientes, a abóbora é boa fonte de BETACAROTENO, VITAMINA C e VITAMINA E, que têm propriedades antioxidantes, e de VITAMINAS DO COMPLEXO B. É rica, ainda, em FIBRAS e fonte de CÁLCIO, FÓSFORO, FERRO e POTÁSSIO.
Suas sementes (e o óleo extraído delas) são boa fonte de ZINCO e GORDURAS INSATURADAS (benéficas ao coração), e contém boa quantidade de FERRO.

Curiosidade
As abobóras, na verdade, substituíram nos nabos, usados desde 2000 a.C. A tradição surgiu com os irlandeses que, ao chegarem na América, e não encontrarem nabos em abundância, acabaram substituindo o vegetal pela abóbora. Esculpida sob a forma de um rosto, e com uma vela em seu interior, a abóbora é um dos símbolos máximos do halloween. A festa — cuja origem remonta às regiões da Grã-Bretanha e Gália, nos anos 600 a.C. — marcava, originalmente, o final do verão no calendário celta. Exportada para os Estados Unidos, ganhou outra tradição, a do dia das bruxas, onde as crianças se fantasiam e batem à porta das casas pedindo doces, no rastro da deliciosa ameaça: "gostosura ou travessura?"
 

Para finalizar vamos conferir a receita que escolhemos para você querido leitor!

Abóbora Rústica Assada com Ervas




  •  1 quilo de abóbora japonesa cortada em fatias (com casca)
  • 2 colheres (sopa) de azeite
  • 2 colheres (sopa) de orégano fresco
  • 10 folhas de manjericão
  • 2 ramos de alecrim
  • 1 cebola roxa média em pétalas
  • 3 dentes de alho inteiros com casca
  • 1 pitada de pimenta-do-reino

Modo de Preparo
Em uma assadeira, coloque a abobora, misture bem todos os demais ingredientes, cubra com papel-alumínio e leve ao forno médio-alto (200°C), pré-aquecido, por cerca de 20 minutos. Retire o papel-alumínio, mexa bem e asse por mais 20 minutos, ou até que a abobora esteja macia e dourada. Sirva.

                                           Sobre a receita:
·         Rendimento: 6 porções
·         Categoria da Receita: Acompanhamentos
·         Tipo de Prato: Legumes e verduras
·         Tempo de Preparo: 10 min.
·         Tempo Total de Preparo: 50 min.
·         Nível de Dificuldade: Fácil
·         Custo: $ - Baixo


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Fontes consultadas:

NESTLÉ. Abóbora. Enciclopédia de Nutrição. Disponível em: <https://www.nestle.com.br/Site/cozinha/enciclopedia/ingredientes/abobora.aspx> Acesso em: 12 set 2014.
REVISTA NESTLÉ. Abóbora rústica assada com ervas. Revista Nestlé Com Você. ano: 15, edição 58, p. 28, jun 2013.






domingo, 7 de setembro de 2014

Obesidade infantil

Olá pessoal!

Depois da postagem sobre o dia do nutricionista, hoje vamos falar um pouco sobre um dos principais desafios da nossa profissão: combater a obesidade infantil.


Como todos já sabemos os casos de obesidade aumentaram de forma alarmante nas últimas décadas. Recentes dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, a obesidade atinge cerca de 26,5% dos homens e 18,2% das mulheres acima de 18 anos. Além disso, mais da metade da população apresenta excesso de peso. 

Todos esses fatores se tornam ainda mais preocupantes quando observamos o desenvolvimento precoce da obesidade, atingindo cerca de 6,7 milhões de crianças no Brasil. Dentre os fatores determinantes para o desenvolvimento da obesidade infantil podemos destacar:

- a obesidade materna durante a gestação: estudos recentes têm apontado que o ambiente uterino durante a gestação e a obesidade materna durante a lactação são capazes de predispor a criança ao desenvolvimento de obesidade;



- introdução de alimentos sólidos antes dos 4 meses de idade: muitas mães passam a oferecer os mesmos alimentos consumidos por ela e pela família, mesmo que em pequena quantidade, antes dos 6 meses exclusivos de aleitamento materno, fator que acaba interferindo no comportamento alimentar da criança;

- a ingestão de líquidos açucarados como refrigerantes e sucos industrializados: as bebidas industrializadas em geral possuem excessiva quantidade de açúcares em sua composição, e muitas mães acabam utilizando esses produtos como uma estratégia "rápida" de alimento;



- o consumo de fast-food: principalmente em decorrência da publicidade infantil e sua influência sobre o comportamento alimentar;

- o sedentarismo: onde as crianças têm cada vez mais deixado de lado as brincadeiras de rua, e estão cada vez mais "presas" à tecnologia precocemente.


Mas então, o que podemos fazer para combater a obesidade infantil?

O primeiro passo, e talvez o mais importante é educar cada vez mais cedo nossas crianças sobre o que é considerado uma alimentação saudável e adequada.

Além disso, as famílias precisam estar preparadas para ser o exemplo de seus filhos, incentivando o consumo de alimentos saudáveis e despertando o interesse das crianças pelo alimento (temos mais dicas no post sobre o dia das crianças, confira lá!)

Por fim, os pais devem estar sempre atentos aos seus filhos. Quando qualquer problema for detectado é indispensável a procura de um profissional que seja capaz de orientar e ajudar.



E lembre-se: a infância é um período em que os hábitos alimentares serão formados e carregados por toda a vida, portanto a educação alimentar nesse período da vida é fundamental!

Por hoje é só pessoal, uma ótima semana a todos e cuidem-se!!
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Fontes consultadas:

ABESO. Fatores que podem contribuir para o aumento da epidemia de obesidade infantil, 2014. Disponível em: < http://www.abeso.org.br/lenoticia/1136/fatores+que+podem+contribuir+para+o+aumento+da+epidemia+de+obesidade+infantil.shtml> 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e promoção de Saúde. Vigitel Brasil 2012: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília, 2013.

SILVA, Paulo César Alves da. Obesidade Infantil é debatida em Brasília. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Disponível em: < http://www.endocrino.org.br/obesidade-infantil-e-debatida-em-brasilia/>