Bom dia pessoal!
Essa
semana decidimos fazer uma pausa em nossa introdução sobre a nutrição para
falar sobre um tema que para muitos chega a ser um “pecado” na alimentação: o CHOCOLATE!
Quem
nessa semana não vai abusar um pouquinho dos tentadores ovos de páscoa que nos
cercam nas propagandas, lojas e supermercados? Resistir a eles é quase
impossível! Mas afinal, será que o chocolate faz tão mal assim para a nossa
saúde? Bom, vamos descobrir isso na matéria de hoje. Mas primeiro, que tal
conhecer um pouco da história do ovo de páscoa?
Antes
mesmo do cristianismo se tornar uma religião, os ovos já eram dados como
presente em várias culturas antigas espalhadas no Mediterrâneo, no Leste
Europeu e no Oriente, geralmente na chegada da primavera. No período medieval,
os ovos eram feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas, sendo que os reis
presenteavam uns aos outros na época de páscoa.
Mas quando o ouro e as pedras
preciosas foram substituídos pelo nosso tão precioso CHOCOLATE?
Com
a descoberta da América, os espanhóis entraram em contato com os maias e os
astecas e conheceram um extrato sagrado para essas civilizações: o extrato
retirado do CACAU!
Depois
disso, eles fizeram a divulgação desse extrato para mundo, onde muito tempo
depois os culinaristas franceses tiveram a idéia de usar o chocolate na
fabricação dos ovos como conhecemos nos dias de hoje. E vamos combinar que foi
uma ótima idéia, não?
E
vocês sabiam que hoje, no dia 26 de março é comemorado o DIA DO CACAU? E
não tem como não concordar que essa é uma comemoração de dar água na boca!
Que tal conhecermos um pouco sobre as
propriedades nutricionais do cacau?
Os
produtos de cacau se enquadram entre os alimentos altamente energéticos e
estimulantes, cujo sabor é uma característica muito importante.
O
cacau e o chocolate também contêm substâncias com diversas propriedades
funcionais, sendo úteis no tratamento auxiliar do mal de Parkinson, de
mastites, de hepatopatias, de impotência sexual, febre, cistites, resfriados,
queimaduras, asma e bronquites, diabetes e obesidade.
As
principais substâncias funcionais compreendem a quercetina (também presente na
cebola e no alho), a rutina, os ácidos ferúlico, cafeico e cumárico (entre
outros), as catequinas (também presentes nos chás verde e preto do Oriente), as
metilxantinas (teofilina, teobromina, cafeína, etc.), vários polifenólicos e
flavonóides.
Ufa,
e quem disse que o chocolate não pode fazer bem à saúde?
Bom,
infelizmente caro leitor, nem tudo são flores. Nem sempre aquele sabor tentador
daquele chocolate que consumimos no dia a dia é o sabor de cacau. Na verdade, a
porcentagem de cacau presente no chocolate ao leite, por exemplo, é muito
pequena e o que ganha espaço em nossos bombons e tabletes são os açucares e as
gorduras. Dessa forma, as propriedades funcionais do cacau são compensadas
pelos prejuízos do consumo excessivo desses nutrientes.
Então,
existe um ponto fundamental na discussão sobre os benefícios e malefícios do
chocolate: a porcentagem de cacau. Sempre que possível, escolha um chocolate
que possua uma maior porcentagem de sua composição proveniente do cacau. Para
isso, é só ler o rótulo do produto!
Geralmente
os chocolates que mais contém cacau são aqueles mais amargos e escuros. E o
chocolate branco, conseqüentemente, é o que menos contém.
Portanto pessoal, fiquem atentos na
escolha do seu ovo de páscoa!
Mas se para
você, quanto mais gorduras e açúcar melhor... Abuse do equilíbrio e da
moderação! Uma páscoa mais saudável para todos nós!
Até
o próximo post caro leitor! E não se
esqueça que esperamos contar com a sua presença e participação em nosso blog de
maneira constante, para isso deixe sua opinião e entre em contato conosco via
e-mail (contato.nuthane@gmail.com)
sempre que desejarem.
FONTES CONSULTADAS:
BORCHERS et al. Cocoa and Chocolate:
Composition, Bioavailability, and Health Implications. Journal of Medicinal
Food, v. 3, p. 77-105, 2000.
DUKE, J. A. Biological
activity summary for cacao (Theobroma cacao L.). Journal of Medicinal Food, v.
3, p. 115-119, 2000.
FERRARI, C. K. B.; TORRES, E. A. F. S. Alimentos funcionais: quando a boa
nutrição melhora a nossa saúde. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 20, n.
2, 2002.
LOPES, A. S.; PEZOA-GARCÍA, N. H.; AMAYA-FARFÁN, J. Qualidade nutricional
das proteínas de cupuaçu e de cacau. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 28,
n. 2, p. 263-268, 2008.
SOUZA, R. A origem do ovo de páscoa. Disponível em:
<http://www.brasilescola.com/pascoa/a-origem-ovo-pascoa.htm>
Acesso em: 22 de março de 2013.
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