terça-feira, 26 de março de 2013

Chocolate


Bom dia pessoal!

Essa semana decidimos fazer uma pausa em nossa introdução sobre a nutrição para falar sobre um tema que para muitos chega a ser um “pecado” na alimentação: o CHOCOLATE!

Quem nessa semana não vai abusar um pouquinho dos tentadores ovos de páscoa que nos cercam nas propagandas, lojas e supermercados? Resistir a eles é quase impossível! Mas afinal, será que o chocolate faz tão mal assim para a nossa saúde? Bom, vamos descobrir isso na matéria de hoje. Mas primeiro, que tal conhecer um pouco da história do ovo de páscoa?


Antes mesmo do cristianismo se tornar uma religião, os ovos já eram dados como presente em várias culturas antigas espalhadas no Mediterrâneo, no Leste Europeu e no Oriente, geralmente na chegada da primavera. No período medieval, os ovos eram feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas, sendo que os reis presenteavam uns aos outros na época de páscoa.
Mas quando o ouro e as pedras preciosas foram substituídos pelo nosso tão precioso CHOCOLATE?

Com a descoberta da América, os espanhóis entraram em contato com os maias e os astecas e conheceram um extrato sagrado para essas civilizações: o extrato retirado do CACAU!
Depois disso, eles fizeram a divulgação desse extrato para mundo, onde muito tempo depois os culinaristas franceses tiveram a idéia de usar o chocolate na fabricação dos ovos como conhecemos nos dias de hoje. E vamos combinar que foi uma ótima idéia, não?
E vocês sabiam que hoje, no dia 26 de março é comemorado o DIA DO CACAU? E não tem como não concordar que essa é uma comemoração de dar água na boca!



 
Que tal conhecermos um pouco sobre as propriedades nutricionais do cacau?

Os produtos de cacau se enquadram entre os alimentos altamente energéticos e estimulantes, cujo sabor é uma característica muito importante.

O cacau e o chocolate também contêm substâncias com diversas propriedades funcionais, sendo úteis no tratamento auxiliar do mal de Parkinson, de mastites, de hepatopatias, de impotência sexual, febre, cistites, resfriados, queimaduras, asma e bronquites, diabetes e obesidade.

As principais substâncias funcionais compreendem a quercetina (também presente na cebola e no alho), a rutina, os ácidos ferúlico, cafeico e cumárico (entre outros), as catequinas (também presentes nos chás verde e preto do Oriente), as metilxantinas (teofilina, teobromina, cafeína, etc.), vários polifenólicos e flavonóides.

Ufa, e quem disse que o chocolate não pode fazer bem à saúde?

Bom, infelizmente caro leitor, nem tudo são flores. Nem sempre aquele sabor tentador daquele chocolate que consumimos no dia a dia é o sabor de cacau. Na verdade, a porcentagem de cacau presente no chocolate ao leite, por exemplo, é muito pequena e o que ganha espaço em nossos bombons e tabletes são os açucares e as gorduras. Dessa forma, as propriedades funcionais do cacau são compensadas pelos prejuízos do consumo excessivo desses nutrientes.

Então, existe um ponto fundamental na discussão sobre os benefícios e malefícios do chocolate: a porcentagem de cacau. Sempre que possível, escolha um chocolate que possua uma maior porcentagem de sua composição proveniente do cacau. Para isso, é só ler o rótulo do produto!

Geralmente os chocolates que mais contém cacau são aqueles mais amargos e escuros. E o chocolate branco, conseqüentemente, é o que menos contém.

Portanto pessoal, fiquem atentos na escolha do seu ovo de páscoa!

Mas se para você, quanto mais gorduras e açúcar melhor... Abuse do equilíbrio e da moderação! Uma páscoa mais saudável para todos nós!

Até o próximo post caro leitor! E não se esqueça que esperamos contar com a sua presença e participação em nosso blog de maneira constante, para isso deixe sua opinião e entre em contato conosco via e-mail (contato.nuthane@gmail.com) sempre que desejarem.

FONTES CONSULTADAS:

BORCHERS et al. Cocoa and Chocolate: Composition, Bioavailability, and Health Implications. Journal of Medicinal Food, v. 3, p. 77-105, 2000.

DUKE, J. A. Biological activity summary for cacao (Theobroma cacao L.). Journal of Medicinal Food, v. 3, p. 115-119, 2000.

FERRARI, C. K. B.; TORRES, E. A. F. S. Alimentos funcionais: quando a boa nutrição melhora a nossa saúde. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 20, n. 2, 2002.

LOPES, A. S.; PEZOA-GARCÍA, N. H.; AMAYA-FARFÁN, J. Qualidade nutricional das proteínas de cupuaçu e de cacau. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 28, n. 2, p. 263-268, 2008.

SOUZA, R. A origem do ovo de páscoa. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/pascoa/a-origem-ovo-pascoa.htm> Acesso em: 22 de março de 2013.

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