Boa noite!
Fim de ano está chegando, e logo as festas e comidas gostosas começam, mas mesmo em épocas de comemoração devemos nos lembrar de não esquecer de manter uma alimentação variada e sem excessos!
Algumas pessoas portadoras de Doença Celíaca devem redobrar a atenção nas preparações de fim de ano. A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune que passa a se expressar devido a presença de fatores imunológicos e ambientais ainda não totalmente elucidados pela literatura científica. Mundialmente é considerada problema de saúde pública devido à sua
prevalência, à frequente associação com morbidade variável e não específica e à
probabilidade de aparecimento de complicações graves, principalmente
osteoporose e doenças malignas do trato gastroentérico.
A prevalência da doença celíaca entre os países e em populações
europeias ou de ancestralidade europeia varia de 0,3% a 1,0%; muitos casos,
provavelmente, permanecem sem diagnóstico. No Brasil, os dados
estatísticos oficiais são desconhecidos; estima- se que existam 300 mil
brasileiros portadores da doença, com maior incidência na Região Sudeste.
A doença celíaca é mais frequente em mulheres, numa proporção de 2:1,
e atinge predominantemente os indivíduos de cor branca. No Brasil, devido à
miscigenação racial, já foi descrita em mulatos.

O suposto diagnóstico da doença celíaca se baseia no exame clínico, na
anamnese detalhada, na análise histopatológica do intestino delgado e na
avaliação dos marcadores séricos. O diagnóstico final deve ser fundamentado na
biópsia que revela vilosidades atrofiadas, alongamentos de criptas e aumento
dos linfócitos intraepiteliais.

Mas e como deve ser a alimentação dos portadores de doença celíaca?
O tratamento da doença celíaca é fundamentalmente dietético. Consiste na
exclusão do glúten, termo utilizado para descrever frações proteicas
encontradas no trigo, centeio, cevada, aveia e em seus derivados.
CONHECENDO MELHOR O GLÚTEN:

- O glúten é uma substância elástica, aderente, insolúvel em água, responsável pela estrutura das massas alimentícias. É constituído por frações de gliadina e de glutenina, que, na farinha de trigo, totalizam 85% da fração proteica. Forma—se pela hidratação dessas proteínas, que se ligam entre si e a outros componentes macromoleculares por meio de diferentes tipos de ligações químicas. O trigo é o único cereal que apresenta gliadina e glutenina em quantidade adequada para formar o glúten. No entanto, essas proteínas podem ainda estar presentes em outros cereais, como cevada, centeio e aveia, nas formas, respectivamente, de hordeína, secalina e avenina.
- A gliadina e a glutenina são a base da utilização da farinha de trigo na preparação industrial ou doméstica de produtos de panificação e de massas. Isso se deve à funcionalidade dessas proteínas, que determinam características importantes na aceitação dos alimentos, afetando significa-tivamente sua qualidade sensorial. Tais propriedades resultam da habilidade que apresentam com respeito ao desenvolvimento de características sensoriais, cinestésicas, de hidratação, de atividade superficial, estrutural, dentre outras.
CUIDADO!
Nos celíacos, os quadros de desnutrição e hipernutrição são comuns; a
desnutrição é decorrente da má absorção de nutrientes e da dificuldade da
ingestão alimentar em função dos sintomas apresentados
PROCURE A ORIENTAÇÃO DE UM NUTRICIONISTA!
O nutricionista é muito importante para a educação nutricional dos portadores de doença celíaca pois ele possui conhecimentos capazes de estimular a adesão ao tratamento, evitar a
monotonia e acompanhar a ingestão alimentar. Além disso, deve estar atento para
que haja uma transição alimentar não traumática para melhor adesão à dieta.
PROCURE APOIO EM GRUPOS ESPECÍFICOS!
É essencial que os portadores de doença celíaca saibam que a alimentação pode ser variada e sem vontades. Em um primeiro momento após o diagnóstico, muitos podem se sentir desconfortáveis. Por isso recomendamos além da procura de profissionais que ajudem no entendimento do quadro, alguns grupos de apoio. Entrem no site da Associação dos Celíacos do Brasil <http://www.acelbra.org.br>, lá vocês podem encontrar muita coisa legal!
ÓTIMA SEMANA!
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, Halina Mayer Chaves et al. Doença celíaca, hábitos e práticas alimentares e qualidade de vida. Revista
de Nutrição, Campinas, v. 23, n. 3, mai/jun 2010.
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